19 de dezembro de 2011

Maioria não sabe o significado do Natal no segundo maior país cristão do mundo: Brasil

Pastores apelam aos cristãos que preguem o nascimento do Salvador, não só na data simbólica, mas o ano inteiro

O Natal é a festividade mais celebrada no Brasil, considerado o país com a segunda maior população cristã (entre católicos e protestantes) do mundo. Entretanto, a maioria não sabe o real significado nem a história desta comemoração, afirmam líderes cristãos e a própria mídia secular.

Uma matéria publicada no jornal brasileiro Ribeirão Preto aponta que grande parte das pessoas no Brasil não sabe a origem histórica do Natal e sua real comemoração simbólica – nascimento do Salvador Jesus Cristo.

Documentações históricas do império romano contam que a festa já fazia parte da vida das populações sob o domínio romano no ano de 336 d.C.

A data seria relacionada com a festa pagã que se celebrava o solstício de inverno no dia 22 de dezembro no hemisfério norte. Para essa cultura esta data estaria simbolicamente associada com a passagem da vida e da morte, nascimento e renascimento que os povos antigos festejavam e comemoravam.

Acredita-se que o dia 25 de dezembro foi adotado para substituir a festa romana que comemorava o “nascimento do deus Sol invencível”, ídolo predileto do antigo imperador romano, Constantino.

Pastores e líderes cristãos reforçam o significado espiritual por trás do Natal - o nascimento de Jesus e como através dEle os cristãos obtiveram a salvação.

O pastor brasileiro Ciro Sanches Zibordi aponta que o Natal para muitos tem a ver com Papai Noel, árvore enfeitada e comida. Além disso, ele afirma que o povo vê Deus como Papai Noel, buscando-o apenas para receber “presentes”.

Zibordi, entretanto, relembra aos cristãos sobre a importância de “dar”, contando a história dos magos do Oriente que foram visitar a Jesus depois do seu nascimento para celebrar o verdadeiro Natal de Cristo.

Segundo ele, os magos foram oferecer ouro, incenso e mirra a Jesus. “Eles não queriam adorar a estrela. Eles não queriam adorar a mãe do Menino. Eles queriam adorar o Rei dos reis e Senhor dos senhores!”

O pastor apela para que os cristãos não esperem receber, mas sim que ofereçam algo ao “nosso Senhor e Salvador” e perguntem “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?”

Para Rubens Muzio, pesquisador do Servindo aos Pastores e Líderes (SEPAL), a mensagem do Natal não está centrada no “menino que nasceu em Belém”, mas no “cordeiro que foi morto numa cruz em Jerusalém”.

Falando sobre a metáfora do cordeiro na Bíblia, o pesquisador explica sobre a propiciação de Jesus Cristo que refere-se à Sua morte na cruz como um substituto dos pecadores.

“O Cordeiro Jesus nos substituiu na eternidade e morreu por todos nós. Uma vez que todos nós somos pecadores, a lei nos condena à morte e nos coloca sob uma maldição divina. Deus imputou a culpa dos nossos pecados a Cristo, e ele, em nosso lugar, suportou o castigo que nós merecemos”.

O Natal, afirma Muzio é lembrar sobre o “pagamento total dos pecados, que satisfez tanto a ira e a justiça de Deus, para que Ele pudesse perdoar os pecadores sem comprometer seu próprio padrão santo”.

O pesquisador evangélico urge que os cristãos se perguntem se eles sabem e têm pregado o que o Natal representa – Jesus, o salvador totalmente suficiente para garantir vida aqui e após a morte.


Fonte: http://www.cpadnews.com.br/integra.php?s=12&i=11692

22 de novembro de 2011

Encerramento da celebração do Centenário das ADs no Brasil

O Encerramento da celebração do Centenário, se deu com a Conferência Pentecostal no Sudeste,
que teve seu Início no dia 11 de novembro, numa sexta feira, com um culto na Sede do
Ministério do Belém, voltado para os adolescentes ( http://www.cpadnews.com.br/integra.php?s=25&i=11383 ). No dia 12 no mesmo local ouve outro culto voltado para as irmãs do Círculo de Oração ( http://www.cpadnews.com.br/integra.php?s=25&i=11392 ). No dia 14, véspera de feriado, mais um culto, dessa vez voltado aos jovens ( http://www.cpadnews.com.br/integra.php?s=25&i=11400 ).
E no dia 15, ouve o grande encerramento do evento, aconteceu no Estádio do Pacaembu. O dia começou chuvoso, e por essa razão muitos não saíram de casa, porém a chuva não impediu aqueles que realmente queriam ir, e não foi em vão, pois Deus nos agraciou com um sol durante parte do evento. Claro que como tudo que é feito por mãos humanas não sai perfeito, o evento deve seus problemas... Um exemplo é o  Áudio que dependendo o lugar no estádio não se ouvia direito, também pode-mos citar um formalismo excessivo em certos momentos, e em particular posso citar a apresentação de um cartaz humano que devido a chuva e falta de interesse de alguns presentes não foi apresentado. Mas Deus  recompensará  aqueles que trabalharam e muito para este propósito. Continuando... "Desde as 15h os mais de 750 ônibus, de diversas regiões de São Paulo, começaram a estacionar nos arredores do estádio." a estimativa é de mais de 30 mil pessoas. Deus abençoou os eventos em comemoração do Centenário e agora devemos olhar para frente, conservando as doutrinas bíblicas e não permitindo que o mal entre em nossa casa, este é o importante!
seguem-se abaixo algumas fotos do evento:   












2 de novembro de 2011

Cristo Refúgio para o Mundo em Crise

Um fato incontestável hoje em dia são os diversos problemas que existem no mundo em que vivemos, que estão em todas as esferas e camadas da sociedade. Conflitos políticos, crises nas maiores economias mundiais, a fome, doenças, terremotos, a falta de amor etc. Além destes problemas que podemos chamar “gerais” pois afetam grande parte do globo ou um grande número de pessoas,  temos os nossos, que podemos chamar “pessoais”, que nos afetam e afetam pessoas próximas. Estes aparecem e desaparecem todos os dias, seja ele financeiro, amoroso, problema com pai e mãe, com amigos, problema como drogas e outros vícios que sempre trazem infelicidade ao homem e aqueles que o rodeiam. Viver neste mundo não é fácil parece que cada dia mais as coisas vão piorando... e o pior... vão mesmo, a Bíblia revelou muitos destes acontecimentos, como podemos ver nessa passagem: 

“Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; Porém tudo isto é o princípio das dores.” Mateus cap.24 ver.7 e 8

Mas alguém pode pensar: "É meio obvio, pensar nisso", porém se analisarmos um ponto só, veremos que realmente quem falava sabia o que dizia, terremotos sempre aconteciam de tempos em tempos, nunca na história se relatou uma onda de terremotos como em nossa época, podemos para começar citar os terremotos do Haiti  e Chile e mais recentemente o da Turquia. Como uma previsão de quase 2000 anos atrás poderia ser tão precisa, se não fosse inspirada pelo próprio Deus?

Porém se prestarmos atenção no versículo 8 veremos:  Porém tudo isto é o princípio das dores.”, Ou seja além de tudo isso, muitas outras coisas irão acontecer. Como pois conseguiremos sobreviver com tudos estes acontecimentos? Mas o mais maravilhoso é que o único que pode salvar a humanidade de tudo isso é exatamente quem pronunciou estás palavras, ele mostrou o problema e ele mesmo é a solução. 

A Bíblia afirma que Deus criou o homem perfeito, porém ele pecou e se tornou imperfeito, deste pecado que foi o da desobediência sobrevieram sobre toda a humanidade todos os males existentes, pois o homem deu mais ouvido ao que o inimigo de Deus falou, e este inimigo veio: “roubar, matar e destruir;"  mas em contraste com isso Jesus disse: "eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”. Deus amava sua criação e proveu algo para Libertar o mundo das garras do inimigo, ele mostrou todo seu amor para conosco dando seu único filho para nos salvar. Para o homem chegar até Deus e oferecer-lhe louvor, não poderia estar carregado de pecado, então foi se instituído o sacrifício que deveria ser de uma vítima, que aceitasse de bom grado o sacrifício, para ilustrar isso ela não devia soltar nenhum gemido ou berro, sem rugas ou manchas na pele, enfim ser quase perfeita, usava-se  para isso geralmente cordeiros, mas os cordeiros não são sacrificados por vontade própria pois eles não são serem racionais, não sabiam oque se passava ali, por isso o sacrifício deveria ser feito por uma pessoa consciente, ela devia ser santa, sem pecado algum e aceitar morrer por toda a humanidade de boa vontade, isso foi o que aconteceu com Jesus, e por sua morte na cruz ele ligou o homem a Deus, venceu também a morte pois no terceiro dia ressuscitou, e hoje é vida para o que nele crer.

Para se ter paz, tranquilidade, vida em abundância é necessário receber Jesus na sua vida, sobre ele disse o profeta Isaías: “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías cap.9 ver.6. Por isso, Pare, Olhe, veja como está sua vida com Deus e analise, acredite no que eu te digo agora, Cristo é o refúgio para o mundo em crise!
Qual a situação do teu mundo dentro de você? Jesus é a paz completa para o que crer, somente crer, crer em sua palavras, olhe para você mesmo e diga se não lhe falta algo... Cristo completa sua vida e tira o seu fardo do pecado, leia o que ele mesmo disse:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”.  Mateus cap.11 ver. 28, 29, 30

21 de agosto de 2011

Adão era imortal antes do pecado?


Há três correntes interpretativas. A primeira é a da não imortalidade, a qual encontramos presente nos ensinos dos pelagianos e socinianos. Estes defendem que Adão foi criado mortal e não só no âmbito da possibilidade, mas o primeiro homem estava sujeito a morrer mesmo antes da queda. Defendem eles que a morre biológica é natural para todo o vivente, de maneira que a vida corporal começa e deve acabar. Assim sendo, não compreendem a morte como um elemento punitivo, mas como um processo natural da existência humana.
Outra corrente é a da imortalidade condicional. Entendem os teólogos que a defendem que o homem não possuíam capacidade inerente de viver eternamente, mas não precisava ter morrido. Antes do pecado, a morte não era punitiva e era uma possibilidade, porém, após a queda, Árvore da Vida torna-se inacessível ao homem (Gn 3.21), de modo que ele não mais pode ter acesso à vida eterna e, assim, a morte se torna algo inevitável.
A terceira corrente é a qual da imortalidade absoluta, e é a qual integro, por estar mais coadunada ao ensino do texto bíblico. Acerca da imortalidade  adâmica, essa terceira corrente defende que o homem, em sua condição original, não estava sujeito à lei da morte. A defesa do posicionamento de uma imortalidade absoluta se deve pelas seguintes razões:
1.       Analisando a doutrina da “Imago Dei” (imagem de Deus no homem), compreende-se que o Deus que não está sujeito às sementes da corrupção e mortalidade confere ao homem a ausência da morte como uma das expressões de sua imagem e semelhança. Assim sendo, o homem não levava dentro de si as sementes da morte física, mas, ao contrário, ele fora criado com o dom preternatural  da imortalidade.
2.       A penalidade de Gênesis 2.17: “No dia em  que comerdes, certamente morrerás”. Há ainda a alusão de outros textos bíblicos, tais como Ezequiel 18.4, Romanos 6.23 e Efésios 2.1, que claramente fazem referência à morte espiritual. Todavia, deve-se entender que a morte espiritual – a separação entre o homem e Deus – traz em si a semente da morte biológica – separação entre corpo e alma. Por herança adâmica, a morte tem domínio sobre toda a humanidade, pois toda humanidade nasce espiritualmente morta e fisicamente destinada a morrer (Rm 5.12). Por decorrência lógica, se não haveria morte.
3.       A morte física não é apresentada nas Escrituras como o resultado natural da continuação do estado original do homem, antes, sim, ela é inimiga da vida humana (1Co 15.26). O castigo sobre o homem (Gn 3.19), o qual explicitamente faz menção à morte física, se trata de condição nova e não de algo pertinente à fase antes da Queda. Assim entende-se que a corrupção do corpo só é conhecida na queda (1Co 15.22) e, por conseguinte, o homem fora criado para imortalidade.
4.       Em Cristo, em sua morte e ressurreição, os salvos obtêm sua plena redenção. No que se refere à redenção do corpo, significa que Cristo nos proporciona o direito à eternidade, por meio da ressurreição e glorificação corpórea (1Co 15.51), a qual nos conferirá a restauração do estado de imortalidade que tinha o homem (Lc 20.36) e, consequentemente, o retorno absoluto ao estado original pré-Queda (1Jo 3.2,3).
Partindo das Justificativas supramencionadas, nós podemos crer que Deus criou Adão para imortalidade.

“Mensageiro da Paz, n°1.492, Setembro de 2009”                 

20 de julho de 2011

O deixar dos bons costumes, corromperam a igreja, no terceiro século.

Pelo relato que vamos ler a seguir, do livro "Os Mártires do COLISEU", veremos algumas coisas (poucas mas algumas), que contribuíram para o enfurecimento de Deus, se podemos dizer assim, para com a igreja que após experimentar um período de paz, em pouco tempo se corrompeu, será que não vivemos algo parecido em nossos dias? leia e descubra... 

"O período de luz e paz está chegando ao fim, e o ano 250 abre, logo em
seus primeiros dias, uma das mais terríveis perseguições já sofridas pela Igreja.
As bênçãos e o repouso de paz levaram os cristãos a relaxar a moral, e
aprouve ao Todo-Poderoso purificá-los uma vez mais com o fogo da perseguição.
O grande bispo de Cartago, segregado no exílio durante os poucos meses em que
a tormenta assolou, descreve as tristes causas que fizeram desembainhar uma
vez mais a espada sobre a comunidade cristã:
"O Todo-Poderoso desejou provar sua família, pois as bênçãos de uma paz
prolongada haviam corrompido a divina disciplina que nos fora dada. A nossa fé
adormecida e prostrada apertou, se posso falar assim, a ira celestial. E
conquanto merecêssemos mais por nossos pecados, o clemente e misericordioso
Senhor fez com que os acontecimentos fossem mais uma provação que uma
perseguição. O mundo inteiro achava-se absorto em interesses temporais, e os
cristãos esqueceram-se das coisas gloriosas que eram feitas nos dias dos
apóstolos. Em vez de fazer brilhar o seu exemplo, ardiam com o desejo da vã
opulência deste mundo, e envidavam todos os esforços para aumentar sua
riqueza. A piedade e a religião foram banidas Havida dos sacerdotes, e a
fidelidade e a integridade não mais eram encontradas nos ministros do altar. A
caridade e a disciplina da moral já não era visíveis em seus rebanhos. Os homens
penteavam a barba, e as mulheres pintavam a face; até seus olhos eram tingidos,
e seus cabelos, falsos. Para enganar os simples, usavam fraudes e sutilezas; e até
os cristãos enganavam-se uns aos outros, havendo-se com desonestidade e
astúcia. Casavam-se com incrédulos, e prostituíam os membros de Jesus Cristo,
unindo-se aos pagãos. Em seu orgulho, zombavam dos pastores, feriam-se
mutuamente com suas línguas envenenadas, e pareciam destruir-se com um ódio
mortal. Menosprezavam a simplicidade e a humildade requeridas pela fé, e
permitiam-se serem guiados pelos impulsos da vaidade. Desprezavam o mundo
apenas de palavras. Não merecemos, então, os horrores da perseguição que
rompeu sobre nós?"

Em breve farei uma reflexão sobre o assunto.

17 de julho de 2011

Convite para uma Festa

Em breve ocorrerá uma grande festa de casamento e você está convidado. Sua entrada já foi paga pelo noivo e a noiva está te procurando para  indicar-te o caminho. O noivo se chama Jesus Cristo e sua noiva é a Igreja que segue a sua palavra fielmente. O corpo desta noiva é formado por vários membros, mas estes não são braços ou pernas, mas sim pessoas inteiras que adoram a Deus em espírito e em verdade segundo o que a sua palavra, a Bíblia, ensina. Para participar desta festa tão maravilhosa, que acontecerá num lugar belo, majestoso, feliz, lugar onde não há dor ou pranto, nem morte nem separação, para sempre, basta apenas aceitar Jesus, o noivo, como seu único e suficiente Salvador.

19 de junho de 2011

História das Assembleias de Deus no Brasil



O mês de junho marca o aniversário  da maior denominação evangélica do Brasil e da maior denominação pentecostal do mundo. Mas como tudo começou? Muitas pessoas e muitos de nossos membros não conhecem essa história. Eu tentarei aqui resumir um pouco da História das Assembleias de Deus no Brasil, enfatizando os fatos mais importantes. Começarei então, colocando um texto do livro: “História da Igreja Cristã” de “Jesse Lyman Hurlbut” da “Editora Vida”, no qual o autor se refere a Assembleia de Deus no Brasil:
“A maior igreja pentecostal de todos os tempos foi fundada a 18 de junho de 1911 na cidade brasileira de Belém, capital do estado do Pará. Toda a sua história está marcada por fatos sobrenaturais, acontecimentos evidenciadores da presença do Espírito Santo, o que a coloca como fiel e digna sucessora da igreja nascida no Dia do Pentecoste.” “História da Igreja Cristã, cap. 28”

Em primeiro lugar quem são os pioneiros da obra pentecostal no Brasil? Seus nomes são: Gunnar Vingren e Daniel Berg, mas de onde eles vem, quem eram e o que faziam, antes da grande obra missionária que os deixou conhecidos? Analisemos, um pouco, a vida destes Homens até seu encontro...
Gunnar Vingren
Gunnar Vingren, nasceu em Östra Husby, Östergötland, Suécia, em 8 de agosto de 1879. Seu pai era um Jardineiro (Profissão que Vingren se dedicou durante certo tempo), e desde criança seus pais procuravam ensinar-lhe os caminhos do senhor. Conta Gunnar Vingren em suas anotações citadas no livro: “Diário do Pioneiro”: “Eu era um menino de apenas 9 anos de idade quando senti a chamada de Deus na minha vida. Sentia-me atraído por Deus de forma especial, e costumava orar muito.”. Mas mesmo assim aos 12 anos ele se desviou dos caminhos do senhor, até seus 17 anos, quando no culto da vigília de ano-novo, Fez o que havia decidido, Aceitou Jesus. Aos 18 anos ele foi Batizado nas águas. Mais ou menos em junho de 1903, ele viajou rumo aos Estados Unidos. Em 19 de novembro de 1903 (depois de 19 dias de viagem), ele chegou a Kansas City. Apesar de não Falar inglês, Vingren conseguiu localizar a casa de seu tio Carl Vingren. No fim de 1904, ele foi para Chicago para começar um curso de quatro anos no seminário teológico sueco dos batistas. Concluiu e foi diplomado em 1909, durante esse tempo ele havia enviado uma solicitação para ser enviado como missionário. Após terminar o seminário teológico, em junho de 1909, foi enviado para assumir a Primeira Igreja Batista em Menominee, Michigam. Nessa época na Convenção geral dos Batistas americanos, foi resolvido, que ele seria enviado para Assam, Índia, Juntamente com sua noiva. Conta Vingren:
            “Uma semana após voltar para minha igreja, tive uma luta interior tremenda, e finalmente resolvi não seguir mais aquele caminho. Escrevi para a Convenção e comuniquei o que havia decidido. Por este motivo minha noiva rompeu comigo, e quando recebi sua carta, respondi: ‘Seja Feita a vontade do Senhor’.”
Mais tarde uma irmã que possuía o dom de interpretar línguas foi usada por Deus para dizer que ele seria enviado ao campo missionário, mas só depois de haver sido revestido de poder. Fato que ocorreu algum tempo depois quando ele visitou uma conferência batista. Mas depois desse acontecimento a igreja que ele pastoreava não o aceitou mais, portanto Vingren foi pastorear outra igreja em South Bend, Indiana. Todos ali receberam a verdade e creram nela. Na primeira semana Jesus batizou 10 irmãos com Espírito Santo.

Daniel Berg
Daniel Berg nasceu em Vargon, Suécia. Viveu ali até seus 17 anos, Ele e sua família congregavam numa igreja do vilarejo, a qual todos ajudaram construir, Berg descreve que sua contribuição foi: trazer pedras para os alicerces. Depois de completar 17 anos ele fez sua primeira viagem a América do norte, Tempo depois ele começou a trabalhar de fundidor no estado da Pensilvânia, e conseguiu tirar um diploma de Fundidor Especializado. Depois de Oito anos nos Estados Unidos, ele sentiu o desejo de voltar a Suécia para rever seus pais. Conta Berg que depois de rever seus pais, percebeu que quase nada na sua cidade havia se modificado, a não ser seu melhor amigo e companheiro de infância (Este amigo era Lewi Pehrus, que terá uma importância imensa na história a se seguir), havia se mudado e morava numa cidade próxima onde pregava o evangelho, ele ficou sabendo disso através da mãe de seu amigo e ela insistiu muito para que ele o visitasse. Através dessa informação ele também ouviu falar do Batismo com Espírito Santo, ficou muito interessado nisso, leu a Bíblia com muita atenção e então resolveu visitar seu amigo, quando chegou lá seu amigo estava pregando, após o culto eles conversaram longamente sobre a nova doutrina. Eles se despediram e Daniel foi para casa de seus pais passar os últimos dias de sua viagem. Conta Daniel: “A partir daquele momento em que conversei com o meu amigo, desejei receber o batismo com o Espírito Santo, e passei a orar para que Deus me batizasse... Ao aproximar-se da América do Norte, Jesus respondeu minhas orações.”
            Em um determinado dia Deus colocou no coração de Gunnar Vingren, que ele devia fazer um trabalho de oração na casa de um irmão que tinha sido batizado com Espírito Santo. Aquele trabalho foi muito produtivo e aconteceu dos irmãos não conseguirem sentar na cadeira de tanta glória de Deus, isto Vingren descreve em suas anotações. E foi numa dessas noites de oração, que Deus usou um de seus Servos por nome de Adolfo Ulldin, ele profetizou que Vingren iria pregar num lugar chamado Pará, o povo daquela região era de condições simples e que ele iria se casar com uma jovem chamada Strandberg (Tempos depois ele se casou com Frida Strandberg). No dia seguinte Vingren e o irmão Adolfo foram a biblioteca local saber onde ficava o Pará, sua busca não foi em vão pois acharam uma cidade no Norte do Brasil com este nome. Em 1909, numa convenção de igrejas Batistas, em Chicago (Estas igrejas aceitaram o movimento pentecostal), Gunnar Vingren e Daniel Berg se encontraram e conversaram durante muito tempo. No ano seguinte, enquanto Berg trabalhava em uma quitanda em Chicago o Espírito Santo o ordenou que ele fosse a South Bend para que junto com Gunnar louvasse a Deus. Ele deixou seu emprego e ao chegar em South Bend disse para Vingren: “Irmão Gunnar, Jesus ordenou-me que eu viesse me encontrar com o irmão para juntos louvarmos o seu nome”. Daniel Berg começou então a congregar na mesma igreja de Vingren, em uma noite os dois sentiram que era vontade de Deus que fossem a casa do irmão Ulldin, ele foi arrebatado em Espírito, e foi durante está reunião que Berg recebeu sua chamada para acompanhar Vingren ao Brasil. Tudo isto aconteceu no Verão de 1910, e em outra ocasião quando eles estavam orando Deus revelou que deveriam sair de Nova Iorque para o Pará e que a data da partida seria em: 5 de novembro de 1910. Mas os dois só possuíam pouco mais de 90 dólares, isto é exatamente, o preço de uma viagem de Nova Iorque ao Brasil, porém, durante uma oração Deus ordenou a Vingren que ofertasse o dinheiro para um jornal pentecostal, ele obedeceu e eles ficaram de mãos vazias. No culto de Despedida da igreja em que Vingren pastoreava eles conseguiram dinheiro suficiente para chegar ate a divisa do estado. Na estação antes de partirem, receberam o convite para visitar uma igreja na cidade onde teriam que interromper a viagem por falta de dinheiro. Ao chegarem lá o pastor deu lhes a oportunidade para falar de seus planos, depois deles concluírem a sua exposição, o pastor disse lhes que não podia dar uma oferta a eles, mas que se um irmão o desejasse ajuda-los em particular, podia fazê-lo. Ao final do culto alguns irmãos deram dinheiro suficiente para a compra de passagens até Nova Iorque onde eles embarcariam para o Brasil. Relata Daniel Berg:
[...]Durante a Viagem, paramos numa cidade onde deveríamos fazer baldeação para outro trem. A demora seria longa, de modo que decidimos visitar a cidade enquanto esperávamos. Não tínhamos pressa. Caminhávamos despreocupadamente entre a multidão que passava apressada e indiferente. De repente encontramos um homem que vinha em sentido contrário, e como nós,  parecia não ter muita pressa. Ele olhou para nós e reagiu como se tivesse encontrado alguém que não via a muito tempo. Vingren olhou para ele e teve a impressão de que já havia visto aquele homem antes em algum lugar, mas não sabia onde. Aquele homem era um negociante crente, que conhecia o irmão Vingren. Logo que nos apresentamos, ele falou: Estou surpreso de lhe encontrar nesta cidade, irmão Vingren, após tanto tempo que não lhe vejo. Eu estava exatamente pensando no irmão. Ou melhor: eu estava me dirigindo ao correio para entregar lhe esta carta. Dentro dela coloquei 90 dólares, pois foi a quantia que o Senhor ordenou que eu mandasse. Agora que lhe encontrei, não preciso mais lhe enviar pelo correio. Vingren olhou para mim de modo tão expressivo, que não pôde esconder  sua alegria e emoção.”[...]. 90 dólares era o dinheiro que eles haviam ofertado para o jornal e a mesma quantia eles agora recebiam, a exata quantia para duas passagens de Nova Iorque até Belém do Pará no Brasil. Logo que chegaram a Nova Iorque foram procurar nas listas das companhias de navios se havia algum, com destino ao Pará, mas nada acharam, depois de alguma espera um navio por nome de Clement que [...] “estivera nos estaleiro de conserto prolongado e não fora incluído nas listas. Sairia para o Brasil exatamente no dia 5 de novembro.” e eles não ficaram surpresos ao saberem que havia dois lugares vagos no navio. “As atividades missionárias dos nossos irmãos começaram ali mesmo, a bordo do navio, entre tripulantes e passageiros. Eles distribuíram folhetos e evangelhos; falaram a palavra de Deus e testificaram a todos a todos.”[...], Conta Emílio Conde no seu livro História das Assembleias de Deus.
Mais tarde neste mesmo navio um tripulante aceitou Jesus, o qual, depois, foi batizado nas águas e continuou o contato com os missionários por correspondência. Era o primeiro fruto da missão dos dois servos de Deus. Finalmente no dia 19 de novembro de 1910 os dois missionários desembarcaram em Belém. Depois de sair do navio, carregando suas malas, eles alcançaram uma praça e ali fizeram sua primeira oração em solo Brasileiro. Seguindo a indicação de alguns companheiros de viagem, Gunnar e Daniel, se hospedaram em um modesto hotel, em cima de uma das mesas do hotel havia um jornal com um nome de um pastor metodista. No dia seguinte foram procurar-lhe, e contaram como Deus os tinha enviado como missionários aquela cidade. Como até aquele momento os dois estiveram ligados a Igreja Batista na América (as igrejas que aceitaram o movimento pentecostal não haviam mudado seu nome), O pastor metodista os levou ate o irmão Raimundo Nobre, responsável pelo trabalho ali. E assim os dois passaram a morar nas dependências da Igreja. Alguns dias depois Adriano Nobre, foi visitar seu primo Raimundo Nobre, o qual lhe apresentou os missionários, por Adriano falar inglês ele se interessou em ajudar os dois e convido-os, a passar um tempo nas ilhas em sua casa, eles aceitaram. Uma coisa interessante de se comentar é que durante este tempo em que estiveram na casa de Adriano Nobre eles passaram a morar no quarto de Adrião irmão de Adriano. Adrião que neste tempo ainda não era crente, contou que ficou impressionado, com a vida de oração dos dois, pois a qualquer hora da noite que se despertasse, lá estavam de joelhos orando, a sós com Deus, em voz baixa, para não incomodar os que estavam dormindo. Depois de algum tempo eles voltaram a Belém e continuaram a frequentar a Igreja Batista. Agora já podiam falar o português e Vingren continuou estudando português enquanto Berg trabalhava como fundidor. Mas logo Berg deixou seu trabalho para dedicar-se inteiramente a obra de Deus.                                       
[...]“Os Jovens missionários tinham o coração avivado pelo Espírito Santo, e oravam de dia e de noite. Oravam sem cessar. Este fato chamou atenção de alguns membros da igreja, que passaram a censura-los, considerando-os fanáticos por dedicarem tanto tempo a oração.”[...]
Como resultado daquelas orações, alguns membros creram nas verdades do Evangelho que os missionários pregavam. Os primeiros a declararem publicamente suas crenças nas promessas divinas foram Celina Albuquerque e Maria Nazaré, elas resolveram permanecer em oração até que Jesus as batizasse com o Espírito Santo.  Celina Albuquerque foi a primeira crente batizada com Espírito Santo no Brasil, no dia 2 de junho de 1911 á uma hora da manhã. Neste mesmo dia, mas, a noite a irmã Maria Nazaré também fora batizada.
O acontecimento recebeu imediata divulgação, Na igreja Batista alguns irmãos creram, outros nem quiseram sequer compreender a doutrina do Espírito Santo. Portanto Dois partido foram criados.[...] “No dia 10 de junho, a igreja estava em efervescência. Ninguém faltou”.[...] “Raimundo Nobre, sem qualquer autoridade legal convocou a igreja para se reunir-se extraordinariamente no dia 12.[...], “Raimundo Nobre de forma arbitrária, propôs que ficassem em pé todos aqueles que aceitavam a doutrina do Espírito Santo.”[...]
Os irmãos foram expulsos da igreja Batista. O pequeno grupo no dia 18 de junho de 18 de junho de 1911, convidou Gunnar Vingren e Daniel Berg à rua Siqueira Mendes, 67, em Belém (Casa de Celina Albuquerque).Os irmão deram o nome da igreja de Missão da Fé Apostólica. Abramos agora um parênteses e vamos dizer de onde provem e como surgiu o nome “Assembleia de Deus” Segundo o “Mensageiro da Paz” N° 1.508 pg. 27, [...] “ Missão da Fé Apostólica, a escolha do nome foi inspirada no nome da igreja e título do jornal afro-americano William J. Seymor,”[...] Líder da congregação na Rua Azuza. Entretanto pouco tempo depois, Gunnar Vingren e Daniel Berg, agora acompanhados por outros missionários acharam por bem mudar  o nome da igreja de Missão da Fé Apostólica por Assembleia de Deus. Por que essa mudança?
A inspiração também veio dos EUA, nós sabemos que o movimento pentecostal moderno em 30 de Dezembro de 1900, quando um aluno da Escola Bíblica Betel, foi o primeiro a receber o batismo com Espírito Santo com evidência inicial externa de falar em outras línguas. Quando este Avivamento se espalhou pelos EUA,  em reação todas as igrejas tradicionais começaram a expulsar seus membros que aceitavam a nova doutrina, surgirão então em todos os lados dos EUA, denominações pentecostais de todos os nomes. Porém em 1914 os lideres dessas igrejas resolveram unir-se. [...] “Foi assim que num ato histórico, a maioria esmagadora das denominações pentecostais norte-americanas se fundiu fundando uma única igreja, que denominaram Assembleia de Deus, que era nome de umas delas, uma igreja pentecostal em Findlay, Ohio (EUA)” [...] “Quando os missionários suecos no Brasil souberam do ocorrido, acharam por bem admitir o nome para igreja pentecostal brasileira, como uma demostração de sintonia com os irmãos pentecostais norte-americanos.”[...]
Assim nasceu a Assembleia de Deus no Brasil, a partir daí a igreja começou a crescer, de forma assustadora para o mundo, e muitos milagres aconteceram durante estes anos, em novas postagens trarei alguns destes acontecimentos.
Cem anos depois somos cerca de 10% do país e 50% dos evangélicos.
Em um artigo eu já falei da Harpa Cristã mas para fechar a historia das Assembleias de Deus também irei fazer um resumo sobre ela e em breve colocarei aqui texto sobre a CPAD e da CGADB.
Harpa Cristã:  A Harpa crista foi formada com o objetivo de elevar o cântico congregacional e proporcionar a adoração a Deus nas mais diversas liturgias da Igreja. Em 1921 foi lançado o cantor pentecostal sob orientação editorial de Almeida Sobrinho e tinha 44 hinos e 10 corinhos. Em 1922, foi lançada a primeira edição da Harpa Cristã, com 100 hinos. Sob orientação do pastor Adriano Nobre. A segunda edição da Harpa Cristã já com 300 hinos, Lançada em 1923. Na terceira edição em 1932, possuía 400 hinos, na quarta 458 e na quinta 512 hinos. Outras edições foram impressas pela CPAD, ate que o hinário oficial em 1941 atingisse 524 hinos. E em 1996 surgi a Harpa Cristã ampliada com 628 hinos.

14 de junho de 2011

Batismo Centenário e Pentecostal, 6094 descem ás águas na AD no Belenzinho

 20 mil superlotaram o novo Templo-Sede do Ministério em
São Paulo para grande celebração

No dia 12 de Junho de 2011, aconteceu o Batismo do Centenário, neste Batismo eu autor deste blog, me
batizei. Deus nos ajudou, não permitindo que chovesse, mas sim, nos concedeu um belo sol. Seguem-se abaixo informações retiradas do blog do Pastor José Wellinton, um vídeo acima e fotos tanto tiradas pela organização do Batismo como pessoais.



Com uma festa bastante alegre, espiritual e inesquecível um dos dias mais esperados da Celebração Nacional do Centenário das Assembleias de Deus no Brasil que completa 100 anos em 18 de Junho de 2011 aconteceu neste dia 12 de Junho, pela manhã, no novo templo sede em construção da Assembleia de Deus em São Paulo, Ministério do Belém.

O pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente do ministério e também da CGADB, juntamente com o vice-presidente, pastor José Wellington Costa Junior foram os responsáveis pela celebração histórica do batismo do centenário, onde 6.094 novos crentes, através de 60 pastores desceram as águas batismais, obedecendo assim mais uma vez, desta historicamente a ordenança de Jesus.
Foi um momento único e sublime, cerca de 20 mil pessoas superlotaram o templo e as redondezas da igreja, quem passava pelos corredores onde os candidatos se organizavam para ingressarem a fileira do batismo do centenário era contagiado pela alegria dos novos irmãos em participar de um momento tão histórico para igreja em São Paulo, bem como em todo Brasil.

Milhares de pastores e membros de toda igreja na capital e grande São Paulo, bem como milhares de acompanhantes glorificavam e exaltavam o nome do Senhor a todo instante, a partir das 5h da manhã milhares adentravam o novo templo, foi realmente um momento histórico.

O pastor José Wellington ministrou uma rápida mensagem aos presentes, e o pastor Alton Garrison, vice-presidente da Convenção das Assembleias de Deus nos Estados Unidos, que esteve acompanhado de sua esposa, interpretado pelo pastor e missionário do Ministério do Belém nos EUA, Joel Freire da Costa também pregou a igreja.

1 de maio de 2011

A Segurança da Salvação

Nesta seção consideramos: É a Salvação final dos cristãos incondicional, ou poderá perder-se por causa do pecado?
A experiência prova a possibilidade duma queda temporária da graça, conhecida por "desviar-se". O termo não se encontra no Novo Testamento, senão no Antigo Testamento. Uma palavra hebraica significa "voltar atrás" ou "virar-se"; outra palavra significa "volver-se" ou ser "rebelde". Israel é comparado a um bezerro teimoso que volta para trás e se recusa a ser conduzido, e torna-se insubmisso ao jugo. Israel afastou-se de Jeová e obstinadamente se recusou a tomar sobre si o jugo de seus mandamentos.
O Novo Testamento nos admoesta contra tal atitude, porém usa outros termos. O desviado é a pessoa que outrora tinha o zelo de Deus, mas agora se tomou fria (Mat. 24:12); outrora obedecia à Palavra, mas o mundanismo e o pecado impediram seu crescimento e frutificação (Mat. 13:22); outrora pôs a mão ao arado, mas olhou para trás (Luc. 9:62); como a esposa de Ló, que havia sido resgatada da cidade da destruição, mas seu coração voltou para ali (Luc. 17:32); outrora estava em contacto vital com Cristo, mas agora está fora de contacto, e está seco, estéril e inútil espiritualmente (João 15:6); outrora obedecia à voz da consciência, mas agora jogou para longe de si essa bússola que o guiava, e, como resultado, sua embarcação de fé destroçou-se nas rochas do pecado e do mundanismo (1 Tim. 1:19); outrora alegrava-se em chamar-se cristão, mas agora se envergonha de confessar a seu Senhor (2 Tim. 1:8 ;2:12); outrora estava liberto da contaminação do mundo, mas agora voltou como a "porca lavada ao espoja-douro de lama" (2 Ped. 2:22; vide Luc. 11:21-26).
É possível decair da graça; mas a questão é saber se a pessoa que era salva e teve esse lapso, pode finalmente perder-se. Aqueles que seguem o sistema de doutrina calvinista respondem negativamente; aqueles que seguem o sistema arminiano (chamado assim em razão de Armínio, teólogo holandês, que trouxe a questão a debate) respondem afirmativamente.

1. Calvinismo.

A doutrina de João Calvino não foi criada por ele; foi ensinada por santo Agostinho, o grande teólogo do quarto século. Nem tampouco foi criada por Agostinho, que afirmava estar interpretando a doutrina de Paulo sobre a livre graça.
A doutrina de Calvino é como segue: A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a ver com sua salvação. Se ele, o homem, se arrepender, crer e for a Cristo, é inteiramente por causa do poder atrativo do Espírito de Deus. Isso se deve ao fato de que a vontade do homem se corrompeu tanto desde a queda, que, sem a ajuda de Deus, não pode nem se arrepender, nem crer, nem escolher corretamente. Esse foi o ponto de partida de Calvino — a completa servidão da vontade do homem ao mal. A salvação, por conseguinte, não pode ser outra coisa senão a execução dum decreto divino que fixa sua extensão e suas condições.
Naturalmente surge esta pergunta: Se a salvação é inteiramente obra de Deus, e o homem não tem nada a ver com ela, e está desamparado, amenos que o Espírito de Deus opere nele, então, por que Deus não salva a todos os homens, posto que todos estão perdidos e desamparados? A resposta de Calvino era: Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. "A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um e de todos os indivíduos. Pois nem todos são criados na mesma condição; mas a vida eterna está preordenada para alguns, e a condenação eterna para outros." Ao agir dessa maneira Deus não é injusto, pois ele não é obrigado a salvar a ninguém; a responsabilidade do homem permanece, pois a queda de Adão foi sua própria falta, e o homem sempre é responsável por seus pecados.
Posto que Deus predestinou certos indivíduos para a salvação, Cristo morreu unicamente pelos "eleitos"; a expiação fracassaria se alguns pelos quais Cristo morreu se perdessem.
Dessa doutrina da predestinação segue-se o ensino de "uma vez salvo sempre salvo"; porque se Deus predestinou um homem para a salvação, e unicamente pode ser salvo e guardado pela graça de Deus, que é irresistível, então, nunca pode perder-se.
Os defensores da doutrina da "segurança eterna" apresentam as seguintes referências para sustentar sua posição: João 10:28,29: Rom. 11:29; Fil. 1:6; 1 Ped. 1:5; Rom. 8:35; João 17:6.

2. Arminianismo.

O ensino arminiano é como segue: A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos. (1 Tim. 2:4-6; Heb. 2:9; 2 Cor. 5:14; Tito 2:11,12.) Com essa finalidade ele oferece sua graça a todos. Embora a salvação seja obra de Deus, absolutamente livre e independente de nossas boas obras ou méritos, o homem tem certas condições a cumprir. Ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.
As Escrituras certamente ensinam uma predestinação, mas não que Deus predestina alguns para a vida eterna e outros para o sofrimento eterno. Ele predestina " a todos os que querem" a serem salvos — e esse plano é bastante amplo para incluir a todos que realmente desejam ser salvos. Essa verdade tem sido explicada da seguinte maneira: na parte de fora da porta da salvação lemos as palavras: "quem quiser pode vir"; quando entramos por essa porta e somos salvos, lemos as palavras no outro lado da porta: "eleitos segundo a presciência de Deus". Deus, em razão de seu conhecimento, previu que essas pessoas aceitariam o evangelho e permaneceriam salvos, e predestinou para essas pessoas uma herança celestial. Ele previu o destino delas, mas não o fixou.
A doutrina da predestinação é mencionada, não com propósito especulativo, e, sim, com propósito prático. Quando Deus chamou Jeremias ao ministério, ele sabia que o profeta teria uma tarefa muito difícil e poderia ser tentado a deixá-la. Para encorajá-lo, o Senhor assegurou ao profeta que o havia conhecido e o havia chamado antes de nascer (Jer. 1:5). Com efeito, o Senhor disse: "Já sei o que está adiante de ti, mas também sei que posso te dar graça suficiente para enfrentares todas as provas futuras e conduzir-te à vitória." Quando o Novo Testamento descreve os cristãos como objetos da presciência de Deus, seu propósito é dar-nos certeza do fato de que Deus previu todas as dificuldades que surgirão à nossa frente, e que ele pode nos guardar e nos guardará de cair.

3. Uma comparação.

A salvação é condicional ou incondicional? Uma vez salva, a pessoa é salva eternamente? A resposta dependerá da maneira em que podemos responder às seguintes perguntas-chave: De quem depende a salvação? É irresistível a graça?
1) De quem depende, em última análise, a salvação: de Deus ou do homem? Certamente deve depender de Deus, porque, quem poderia ser salvo se a salvação dependesse da força da própria pessoa? Podemos estar seguros disto: Deus nos conduzirá à vitória, não importa quão débeis ou desatinados sejamos, uma vez que sinceramente desejamos fazer a sua vontade. Sua graça está sempre presente para nos admoestar, reprimir, animar e sustentar.
Contudo, não haverá um sentido em que a salvação dependa do homem? As Escrituras ensinam constantemente que o homem tem o poder de escolher livremente entre a vida e a morte, e Deus nunca violará esse poder.
2) Pode-se resistir à graça de Deus? Um dos princípios fundamentais do Calvinismo é que a graça de Deus e irresistível. Quando Deus decreta a salvação de uma pessoa, seu Espírito atrai, e essa atração não pode ser resistida. Portanto, um verdadeiro filho de Deus certamente perseverará até ao fim e será salvo; ainda que caia em pecado, Deus o castigará e pelejará com ele. Ilustrando a teoria calvinista diríamos: é como se alguém estivesse a bordo dum navio, e levasse um tombo; contudo está a bordo ainda; não caiu ao mar.
Mas o Novo Testamento ensina, sim, que é possível resistir à graça divina e resistir para a perdição eterna (João 6:40; Heb. 6:4-6; 10:26-30; 2 Ped. 2:21; Heb. 2:3; 2 Ped. 1:10), e que a perseverança é condicional dependendo de manter-se em contacto com Deus.
Note-se especialmente Heb. 6:4-6 e 10:26-29. Essas palavras foram dirigidas a cristãos; as epístolas de Paulo não foram dirigidas aos não-regenerados. Aqueles aos quais foram dirigidas são descritos como havendo sido uma vez iluminados, havendo provado o dom celestial, participantes do Espírito Santo, havendo provado a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro. Essas palavras certamente descrevem pessoas regeneradas.
Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram critãos hebreus, que, desanimados e perseguidos (10:32-39), estavam tentados a voltar ao Judaísmo. Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-se deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações (10:29): que Jesus não era o Filho de Deus; que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor comum; e que seus milagres foram operados pelo poder do maligno. Tudo isso está implícito em Heb. 10:29. (Que tal repúdio da fé podia haver sido exigido, é ilustrado pelo caso dum cristão hebreu na Alemanha, que desejava voltar à sinagoga, mas foi recusado porque desejava conservar algumas verdades do Novo Testamento.) Antes de sua conversão havia pertencido à nação que crucificou a Cristo; voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria o terrível pecado da apostasia (Heb. 6:6); seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida a ponto de cometê-lo não pode ser "renovada para arrependimento"; seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10:28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10:30, 31).
Não se declara que alguém houvesse ido até esse ponto; de fato , o autor está persuadido de "coisas melhores" (6:9). Contudo, se o terrível pecado da apostasia da parte de pessoas salvas não fosse ao menos remotamente possível, todas essas admoestações careceriam de qualquer fundamento.
Leia-se 1 Cor. 10:1-12. Os coríntios se haviam jactado de sua liberdade cristã e da possessão dos dons espirituais. Entretanto, muitos estavam vivendo num nível muito pobre de espiritualidade. Evidentemente eles estavam confiando em sua "posição" e privilégios no Evangelho. Mas Paulo os adverte de que os privilégios podem perder-se pelo pecado, e cita os exemplos dos israelitas. Estes foram libertados duma maneira sobrenatural da terra do Egito, por intermédio de Moisés, e, como resultado, o aceitaram como seu chefe durante a jornada para a Terra da Promissão. A passagem pelo Mar Vermelho foi um sinal de sua dedicação à direção de Moisés. Cobrindo-os estava a nuvem, o símbolo sobrenatural da presença de Deus que os guiava. Depois de salvá-los do Egito, Deus os sustentou, dando-lhes, de maneira sobrenatural, o que comer e beber. Tudo isso significava que os israelitas estavam em graça, isto é: no favor e na comunhão com Deus.
Mas "uma vez em graça sempre em graça" não foi verdade no caso dos israelitas, pois a rota de sua jornada ficou assinalada com as sepulturas dos que foram destruídos em conseqüência de suas murmurações, rebelião e idolatria. O pecado interrompeu sua comunhão com Deus, e, como resultado, caíram da graça. Paulo declara que esses eventos foram registrados na Bíblia para advertir os cristãos quanto à possibilidade de perder os mais sublimes privilégios por meio do pecado deliberado.

4. Equilíbrio escriturístico.

As respectivas posições fundamentais, tanto do Calvinismo como do Arminianismo, são ensinadas nas Escrituras. O Calvinismo exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação — e assim o faz a Bíblia; o Arminianismo acentua a livre vontade e responsabilidade do homem — e assim o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os extremos antibíblicos de um e de outro ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia em aberto antagonismo com a outra. Quando duas doutrinas bíblicas são colocadas em posição antagônica, uma contra a outra, o resultado é uma reação que conduz ao erro. Por exemplo: a ênfase demasiada à soberania e à graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação contra o Calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua salvação. Os dois extremos que devem ser evitados são: a ilegalidade e o legalismo.
Quando Carlos Finney ministrava em uma comunidade onde a graça de Deus havia recebido excessiva ênfase, ele acentuava muito a responsabilidade do homem. Quando dirigia trabalhos em localidades onde a responsabilidade humana e as obras haviam sido fortemente defendidas, ele acentuava a graça de Deus. Quando deixamos os mistérios da predestinação e nos damos à obra prática de salvar as almas, não temos dificuldades com o assunto. João Wesley era arminiano e George Whitefield calvinista. Entretanto, ambos conduziram milhares de almas a Cristo.
Pregadores piedosos calvinistas, do tipo de Carlos Spurgeon e Carlos Finney, têm pregado a perseverança dos santos de tal modo a evitar a negligência. Eles tiveram muito cuidado de ensinar que o verdadeiro filho de Deus certamente perseveraria até ao fim, mas acentuaram que se não perseverassem, poriam em dúvida o fato do seu novo nascimento. Se a pessoa não procurasse andar na santidade, dizia Calvino, bem faria em duvidar de sua eleição.
É inevitável defrontarmo-nos com mistérios quando nos propomos tratar as poderosas verdades da presciência de Deus e a livre vontade do homem; mas se guardamos as exortações práticas das Escrituras, e nos dedicamos a cumprir os deveres específicos que se nos ordenam, não erraremos. "As coisas encobertas são para o Senhor Deus, porém as reveladas são para nós" (Deut. 29:29).
Para concluir, podemos sugerir que não é prudente insistir falando indevidamente dos perigos da vida cristã. Maior ênfase deve ser dada aos meios de segurança — o poder de Cristo como Salvador; a fidelidade do Espírito Santo que habita em nós, a certeza das divinas promessas, e a eficácia infalível da oração. O Novo Testamento ensina uma verdadeira "segurança eterna", assegurando-nos que, a despeito da debilidade, das imperfeições, obstáculos ou dificuldades exteriores, o cristão pode estar seguro e ser vencedor em Cristo. Ele pode dizer com o apóstolo Paulo: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom. 8:35-39). 


Por: Myer Pearlman
"Conhecendo as Doutrinas da Bíblia"